A 99ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, realizada neste domingo, 31 de dezembro, consagrou o ugandense Maxwell Rotich como o grande vencedor na categoria masculina. O atleta cruzou a linha de chegada em 44 minutos e 24 segundos, demonstrando um desempenho sólido em um dos percursos mais desafiadores e tradicionais do atletismo mundial.
Rotich, que já havia mostrado ser um forte candidato ao título em competições internacionais, impôs um ritmo intenso desde os primeiros quilômetros da prova. Ele conseguiu abrir vantagem sobre os adversários na subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, ponto decisivo do trajeto, e manteve a liderança até o final.
A competição foi marcada pela presença de atletas de elite de diversas nacionalidades, mas os brasileiros ficaram fora do pódio na categoria masculina desta vez. O melhor desempenho nacional foi de Daniel Nascimento, que terminou na quarta colocação. Conhecido como “Danielzinho”, o maratonista vinha com expectativas elevadas após bons resultados em provas anteriores, mas não conseguiu acompanhar o ritmo dos líderes na reta final.
O clima quente e úmido de São Paulo foi um desafio extra para os competidores, exigindo resistência e estratégia ao longo dos 15 km de percurso. A corrida passou por pontos icônicos da capital paulista, como a Avenida Paulista e o Centro Histórico, reunindo milhares de espectadores e torcedores nas ruas.
Maxwell Rotich, em entrevista após a vitória, destacou a importância do triunfo em um evento tão prestigiado. “A São Silvestre é uma prova especial, com uma história rica e adversários muito fortes. Estou muito feliz por essa conquista”, afirmou o atleta ugandense.
Queniana vence a prova feminina
A queniana Agnes Keino, de 36 anos, foi a grande vencedora na categoria feminina. Keino completou os 15 km do percurso em 51 minutos e 27 segundos, garantindo o primeiro lugar, mas sem superar o recorde histórico da prova, de 48 minutos e 35 segundos, estabelecido por sua compatriota Jemima Sumgong em 2006. Cynthia Chemueno, trambém do Quenia, foi a segunda colocada.
Brasil em terceiro
A segunda colocada foi a também queniana Cynthia Chemueno. O top 3 foi finalizado com Núbia de Oliveira, do Brasil, que foi a brasileira melhor colocada na prova.
A corrida, marcada pela diversidade de atletas de elite de diferentes partes do mundo, também trouxe um motivo de celebração para o Brasil. Nubia de Oliveira, destaque nacional, subiu ao pódio ao conquistar a terceira colocação. Esse feito reforça a presença do país na elite da tradicional prova paulistana, que atrai milhares de participantes e espectadores todos os anos.
Além da alta performance no pelotão de elite, a São Silvestre manteve seu caráter festivo e democrático, com corredores amadores participando lado a lado de atletas profissionais. O evento encerrou o calendário esportivo de 2023 em grande estilo, reafirmando sua posição como um dos maiores símbolos do esporte brasileiro.
