A Justiça do Rio de Janeiro voltou a afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira, dia 15, em uma decisão que promete repercutir profundamente o cenário do futebol brasileiro.
O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinou a destituição de Rodrigues e nomeou o vice-presidente Fernando Sarney como interventor, enquanto aguarda novas eleições na entidade.
Essa decisão ocorre no âmbito de uma investigação que apura a possível falsificação da assinatura do ex-presidente interino Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, no acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu que Ednaldo Rodrigues permanecesse no cargo.
Assim, a Justiça buscou garantir a transparência e a legalidade do processo, e, enquanto isso, Sarney mantém os poderes administrativos da CBF, buscando conduzir a entidade de forma regular até que as eleições sejam realizadas.
Além disso, Sarney protocolou uma petição no STF solicitando a suspensão do acordo, alegando falsificação na assinatura de Coronel Nunes, que já apresentou laudos indicando déficit cognitivo e assinou uma procuração que abriu mão de suas finanças.
O ministro Gilmar Mendes, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), inicialmente negou o afastamento de Ednaldo Rodrigues, mas determinou que as alegações fossem investigadas pelo TJ-RJ, decisão tomada em 7 de maio, e que abriu caminho para essa nova decisão de afastamento.
Com essa medida, o futebol brasileiro passa por uma fase de instabilidade, enquanto as autoridades buscam solucionar as questões jurídicas que envolvem a gestão da CBF, reforçando a importância de transparência e legalidade na condução da entidade máxima do futebol nacional.