Cara ou Coroa: A Decisão Inusitada que Marcou a Semifinal da Copa América de 1983 e a História do Futebol Brasileiro

A semifinal da Copa América 1983 entre Brasil e Paraguai foi decidida no Cara e Coroa – Foto: O Globo/Acervo

A história do futebol brasileiro é repleta de momentos marcantes, e um deles certamente foi a decisiva semifinal da Copa América de 1983 entre Brasil e Paraguai, que teve uma forma de definição inusitada: um cara ou coroa. Este episódio, que envolveu sorte e tradição, permanece como um dos momentos mais curiosos do esporte nacional, reforçando como o acaso às vezes decide destinos esportivos.

O confronto, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, que aconteceu nesta terça-feira, dia 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo, com vitória brasileira por 1 a 0, foi apenas mais um capítulo à longa rivalidade entre as duas seleções.

Historicamente, o duelo já foi marcado por partidas memoráveis e por uma decisão que surpreendeu até os mais experientes, como o maestro Júnior, ex-lateral da seleção e do Flamengo, que considerou o jogo mais estranho de sua carreira.

Após eliminar Argentina e Equador na Fase de Grupos da Copa América de 1983, o Brasil teve pela frente nas semifinais a seleção do Paraguai.

O primeiro confronto aconteceu no Estádio Defensores del Chaco em Assunção no dia 13 de outubro de 1983 e teminou com um empate em 1 a 1.

O segundo jogo, aconteceu no dia 20 de outubro no Estádio Parque do Sabiá em Uberlândia. Sem prorrogação ou pênaltis previstos, a partida terminou sem abertura de placar e, a classificação para a grande final foi decidida com uma moeda lançada no vestiário.

Como o regulamento não previa prorrogação ou disputa de pênaltis, o sorteio foi a única alternativa. Segundo relatos do jornal O Globo, os paraguaios queriam que o sorteio acontecesse no hotel porém, do delegado da partida decidiu por fazê-lo dentro do vestiário do estádio.

O Brasil, comandado em campo por Carlos Alberto Parreira, venceu a moeda e avançou à final contra o Uruguai, numa decisão que até hoje gera debates e curiosidades no mundo esportivo. Naquela ocasião, a Copa América ainda não tinha uma sede fixa, e o confronto entre Brasil e Paraguai foi marcado por muita violência e poucas chances de gol.

Apesar da sorte na moeda, o presidente da CBF na época, Giulite Coutinho, criticou duramente a escolha do critério de desempate, defendendo uma forma mais justa, como os pênaltis. O episódio do cara ou coroa permanece na memória como uma das decisões mais inusitadas do futebol internacional.

Na grande decisão, que aconteceu em dois jogos, o Uruguai venceu o primeiro por 2 a 0 e o segundo acbou empatado em 1 a1 com os paraguaios comemorando o título da Copa América de 1983.

Brasil e Uruguai decidiram a Copa América 1983 vencida pelos uruguaios – Foto: Divulgação

1975 ano que Minas foi Brasil – Além do episódio de 1983, há registros de outras ocasiões em que a sorte decidiu uma classificação, como nas smifinais da Copa América de 1975, quando o Brasil foi eliminado pelo Peru também no cara ou coroa.

Na época, a Seleção brasileira foi representada pela Seleção de Minas Gerais. O primeiro confronto aconteceu no dia 30 de setembro no Mineirão com vitória do Perú por 3 a 1. O Segundo jogo foi no dia 4 de outubro em Lima e o Brasil venceu pelo placar de 2 a 0. O técnico foi Osvaldo Brandão e a maioria dos jogadores

Copa do Mundo – Ainda mais surpreendente, o método de sorteio também foi utilizado em Eliminatórias de Copa do Mundo, como na disputa entre Turquia e Espanha em 1954, que decidiu uma vaga para a Copa da Suíça.

Assim, embora pareça improvável, o jogo de cara ou coroa continua sendo uma lembrança de que, às vezes, o acaso é quem determina o destino de equipes e seleções no futebol mundial.

Seleção brasileira que disputou a Copa América 1975, a grande maioria dos jogadores eram mineiros – Foto: Divulgação

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