O ex-jogador Ronaldo Fenômeno contestou o processo eleitoral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em uma carta enviada nesta segunda-feira (24) à Fifa, Conmebol e aos presidentes dos clubes das Séries A e B do Brasileirão. O empresário e ex-atleta defende mudanças no formato da eleição e cobra mais transparência no pleito que definirá o comando do futebol brasileiro.
Pedido por mais transparência
Ronaldo, que se apresenta como pré-candidato à presidência da CBF, reivindica que a data da eleição seja definida com pelo menos um mês de antecedência, permitindo melhor organização e ampla participação dos interessados. Além disso, ele solicita que Fifa e Conmebol supervisionem a eleição para garantir mais segurança jurídica e imparcialidade no processo.
“O modelo atual dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas”, afirmou Ronaldo em sua carta.
Eleição de Ednaldo Rodrigues validada pelo STF
A contestação de Ronaldo acontece logo após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na última semana homologou um acordo entre a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol, validando a eleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da entidade até o fim de seu mandato, em março de 2026.
Ednaldo, por sua vez, já busca apoio das federações estaduais para tentar a reeleição. Pelo atual estatuto da CBF, um candidato precisa do apoio formal de pelo menos quatro federações e quatro clubes para concorrer, o que torna o desafio de Ronaldo ainda maior.
Ronaldo cobra mudanças antes da Copa do Mundo de 2026
O ex-jogador destacou a necessidade de um processo eleitoral transparente, principalmente considerando a proximidade da Copa do Mundo de 2026, torneio no qual o Brasil completará 24 anos sem conquistar o título.
“O que precisamos é de tempo para dar voz e espaço aos clubes, para escutar as federações e para que a visão compartilhada nos conduza à mudança”, pontuou Ronaldo.
Agora, resta saber se a CBF atenderá às solicitações do Fenômeno e se Fifa e Conmebol se manifestarão sobre o pedido de fiscalização externa. Enquanto isso, os bastidores do futebol brasileiro seguem agitados na disputa pelo comando da entidade máxima do esporte no país.