A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encerrou oficialmente as negociações com Carlo Ancelotti. O técnico italiano, que havia sinalizado positivamente para comandar a Seleção Brasileira, viu o acerto ruir diante de dois obstáculos: um impasse com o Real Madrid e o assédio milionário de clubes da Arábia Saudita.
O entrave com o clube espanhol se deu pela rescisão contratual. Com vínculo até meados de 2026, Ancelotti não quer abrir mão dos cerca de 25 milhões de euros (R$ 135 milhões) que tem a receber. O Real, por sua vez, deseja romper sem custos, já prevendo a chegada de Xabi Alonso.
Fora da mesa da CBF, outros pretendentes surgiram com propostas muito superiores. Al Hilal e Al Ahli, da Arábia Saudita, sinalizaram com um contrato de até 40 milhões de dólares anuais — cerca de R$ 225 milhões — mais que o triplo dos R$ 64 milhões oferecidos pela CBF.
Com a indefinição no Real e a concorrência saudita, a CBF considerou arriscado manter-se refém da situação e decidiu seguir outro caminho. Agora, o português Jorge Jesus desponta como favorito para assumir o comando da Seleção. Seu contrato com o Al Hilal tem cláusula de rescisão de 2 milhões de euros válida a partir de maio. Abel Ferreira, do Palmeiras, é visto como alternativa.
O Brasil tem jogos marcados para a Data Fifa de junho, e a entidade quer anunciar o novo técnico nos próximos dias para evitar outro episódio de incertezas, como o que já adiou o sonho de Ancelotti em 2023.