Carlo Ancelotti, técnico italiano e atual comandante da Seleção Brasileira, se sente “aliviado” após uma decisão judicial na Espanha que o isentou de uma segunda acusação e reduziu sua pena por suposta fraude fiscal.
Inicialmente teria sido condenado a um ano de prisão e multado em aproximadamente 386 mil euros (R$ 2,47 milhões), porém, a sentença determinou que ele seja reembolsado em mais de 800 mil euros (R$ 5,2 milhões) pelo Tesouro espanhol, o que demonstra um resultado favorável ao técnico.
Além disso, a pena de prisão foi reduzida e, ao invés de pagar, Ancelotti deverá receber essa quantia de volta, reforçando seu sentimento de alívio. Segundo informações do jornal “Marca”, o Ministério Público espanhol inicialmente pediu uma pena de cinco anos de prisão por suposta fraude ao fisco em 2014, quando Ancelotti dirigia o Real Madrid.
Contudo, o Tribunal Provincial de Madri condenou o treinador a apenas um ano de prisão, e seus advogados interpretam essa decisão como uma vitória, uma vez que seus argumentos foram acolhidos. Ainda mais, Ancelotti foi absolvido de uma acusação semelhante de 2015, já que conseguiu comprovar que não permaneceu mais do que 183 dias na Espanha naquele ano, o que o isenta de ser considerado residente fiscal no país. Assim, ele paga uma alíquota de 20%, ao contrário dos 48% aplicados a residentes.
Em sua defesa, o treinador afirmou que não tinha intenção de fraudar o fisco espanhol, justificando que seguiu orientações do clube e de seus assessores, além de caracterizar o erro na declaração como uma falha involuntária.
Para demonstrar sua boa-fé, Ancelotti depositou 1,2 milhão de euros (R$ 6,42 milhões) em juízo, valor que agora será devolvido pela Justiça, pois a condenação foi menor do que o montante inicialmente depositado.
A CBF acompanha o caso, mas o processo é conduzido pela equipe pessoal do treinador, que agora respira aliviado diante do desfecho favorável na Espanha.