O Oeste Futebol Clube, time centenário de estado de São Paulo, está sem divisão estável e sem estádio fixo após ser despejado da Arena Barueri, onde atuava desde 2017. A saída ocorreu com o encerramento da cessão do espaço no último dia 30 de agosto, colocando o clube em busca de um novo lar enquanto atravessa rebaixamentos e queda de apoio político. Com a decisão, o Rubrão deixa a cidade de Barueri, e enfrenta a dificuldade de manter a presença em um cenário nacionalizado na Grande São Paulo.
A mudança de prefeito em Barueri — de Rubens Furlan (PSB) para Beto Pitteri (Republicanos) — aliada à concessão do estádio para a empresa que administra a Arena Barueri, a Crefipar Participações e Empreendimentos, associada a Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras, foi determinante. Antes, o acordo previa uso gratuito do estádio pela equipe como contrapartida de divulgação da cidade na camisa, cenário que se desfez com a nova gestão e a administração privada do espaço.
Ainda assim, a empresa que agora administra o estádio chegou a tentar um acordo para que a equipe permanecesse utilizando o estádio mediante condições da mesma arcar com todas as despesas das partids mas, após verificar os valores destas despesas, a diretoria do Oeste considerou incompatível com a realidade do clube.
Desde o jogo contra o Linense, em 22 de fevereiro de 2025, pela Série A2 do Paulistão, quando o Oeste venceu por 1 a 0 diante de apenas 184 torcedores, a equipe não mandou mais seus duelos em Barueri. Atualmente, o treino ocorre em Araçariguama, porém a permanência lá é incerta. As opções passam por manter treinos na cidade e deslocar as partidas para outra praça ou buscar um novo estádio na região, situação que demanda celeridade para não comprometer o calendário.
Uma das hipóteses mais fortes é a transferência para Osasco, onde já houve mando de jogo no Estádio José Liberatti. Contudo, a Federação Paulista de Futebol impõe limite de dois clubes registrados na mesma cidade e estádio. Como o Grêmio Osasco e o Osasco Audax já utilizam o Liberatti, isto dificulta a consolidação de uma nova casa para o Oeste na cidade vizinha. Enquanto caminha a novela, o clube segue sem vínculo fixo e com perspectivas de mudanças logísticas relevantes para a temporada.
Frente a esse quadro, o Oeste precisa anunciar rapidamente uma solução estável. A falta de estádio próprio, associada a instabilidade institucional, tem impacto direto no planejamento esportivo, captação de patrocínio e na relação com torcedores, que já demonstram apreensão com o futuro da equipe centenária. Em síntese, além do desafio competitivo, o Rubrão encara uma crise de infraestrutura que exige respostas rápidas para evitar mais perdas e manter o espírito da história do clube vivo no futebol paulista.