O clássico entre Cruzeiro e Atlético, que acontece neste domingo (9), às 16h, no Mineirão, não será marcado apenas pela rivalidade dentro de campo. A partida receberá mais uma edição do Raros em Campo, campanha promovida pela Federação Mineira de Futebol (FMF) com o objetivo de dar visibilidade às doenças raras e conscientizar a população sobre os desafios enfrentados por milhares de famílias.
Raros em Campo: um movimento pela inclusão
Antes do apito inicial, crianças e adultos com doenças raras, previamente inscritos, terão a oportunidade de entrar no gramado ao lado dos jogadores. Com esse gesto simbólico, o movimento reforça a luta contra o preconceito, além de cobrar mais qualidade de vida, acesso a tratamento e inclusão para os pacientes.
A luta da Julinha e de milhares de famílias
Entre os participantes do evento está Julinha, de 4 anos, nascida em São Domingos do Prata (MG). Ela foi diagnosticada com Lipofuscinose Ceróide Neuronal Tipo 7 (CLN7), uma doença rara que pode causar perda de visão, espasmos musculares, convulsões e dificuldades motoras e na fala. Sua família enfrenta uma verdadeira batalha para arrecadar R$ 18 milhões e conseguir acesso ao único tratamento disponível no mundo.
Outro exemplo é o pequeno Gui, de Uberlândia, que tem Distrofia Muscular de Duchenne e precisa de R$ 15 milhões para se tratar. Casos como esses mostram como o diagnóstico precoce e o acesso a medicamentos são fundamentais para mudar vidas.
União das torcidas pelo bem maior
O Raros em Campo foi idealizado por Marcelo Aro, pai da pequena Mariazinha e fundador da Casa de Maria, a primeira casa de acolhimento para doentes raros do Brasil. No ano passado, a menina entrou no gramado do Independência acompanhada do jogador Hulk, emocionando milhões de torcedores.
“Os times abraçaram a nossa causa e estão fazendo a diferença para milhares de pessoas que, por muito tempo, foram invisíveis! Infelizmente, 30% dos pacientes morrem antes dos 5 anos por falta de diagnóstico e tratamento. O Raros em Campo é uma forma de mostrar que essas famílias não estão sozinhas. Estamos aqui para levar esperança”, afirmou Marcelo Aro.
Mais que um jogo, um símbolo de esperança
A campanha também serve como um esquenta para o Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado anualmente em 28 de fevereiro (ou 29 de fevereiro, em anos bissextos). Com esse gesto de solidariedade, Cruzeiro e Atlético mostram que o futebol pode ir além das quatro linhas e se tornar uma ferramenta poderosa para transformação social.
Nunca será só futebol. E neste domingo, essa frase nunca fez tanto sentido.
Serviço
- Data: 09/02/2025 (domingo)
- Horário: 16h
- Local: Mineirão
- Site da campanha: https://rarosemcampo.com.br/
- Contato: (31) 99626-1020





Fotos: Divulgação/FMF