O confronto entre Paracatu e Boa Esporte terminou empatado em 1 a 1, no último sábado dia 1 de novembro, no Estádio Frei Norberto, mas o que deveria ser apenas mais uma rodada da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro acabou se transformando em um episódio caótico. O segundo tempo durou 87 minutos, marcado por duas longas paralisações, invasões de campo e ameaças à arbitragem, gerando enorme repercussão nos bastidores do futebol mineiro.
Segundo a súmula oficial, o árbitro interrompeu o jogo duas vezes por motivos médicos. Primeiro, um jogador do Paracatu sofreu uma concussão e precisou ser levado ao hospital, o que causou uma pausa de sete minutos. Em seguida, um atleta do Boa Esporte também necessitou de atendimento, resultando em nova paralisação de 21 minutos. A ausência do médico da ambulância no estádio impediu o reinício imediato da partida, o que explica a longa duração do segundo tempo.
Durante a segunda interrupção, o clima ficou ainda mais tenso. Pessoas invadiram o gramado, e houve confusão entre membros da comissão técnica do Boa Esporte e representantes do clube mandante. A súmula também relata o arremesso de um objeto em direção ao árbitro e acusações de ameaças e ofensas verbais vindas de integrantes da administração do estádio.
Após o jogo, o Boa Esporte divulgou uma nota lamentando os acontecimentos e informou que um de seus atletas chegou a desmaiar em campo, exigindo providências da Federação Mineira de Futebol (FMF). Até o momento, o Paracatu não se pronunciou oficialmente. A FMF deve analisar o caso, e, considerando seu histórico de punições severas, o clube mandante pode enfrentar perda de mando de campo e multa no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG).






