A FIFA enfrenta uma nova batalha jurídica que promete repercussões significativas no futebol profissional europeu. A fundação holandesa Justice for Players (JfP) entrou com uma ação coletiva no tribunal de Midden Nederland, acusando a entidade máxima do futebol de impor diretrizes contrárias às leis trabalhistas da União Europeia.
Segundo a JfP, as regras de transferência da FIFA limitam severamente a liberdade contratual dos atletas, desrespeitando direitos fundamentais como a livre circulação de trabalhadores e a concorrência justa.
O movimento foi impulsionado por uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia no caso Lassana Diarra, em que se concluiu que a FIFA violava princípios jurídicos ao dificultar a rescisão contratual unilateral por parte dos atletas.
A ação, que conta com o respaldo jurídico do renomado advogado Jean-Louis Dupont, poderá abranger jogadores que atuaram entre 2002 e 2024 em clubes da UE ou do Reino Unido.
A estimativa é que aproximadamente 100 mil atletas possam ser beneficiados com reparações, caso a ação seja julgada procedente. Essa iniciativa, além de ter o potencial de redefinir o mercado de transferências, acende o alerta para possíveis reformas nas políticas contratuais globais do futebol.