A situação do Patrocinense para a disputa do Módulo 2 do Campeonato Mineiro 2025 segue movimentada. Após a repercussão da matéria publicada em conjunto com o jornalista
Christiano Jilvan, na semana passada, que detalhou a situação crítica do Clube Atlético Patrocinense (CAP), novos desdobramentos surgiram, mas, até aqui parte das pendências financeiras e administrativas ainda permanecem sem solução. Vamos a alguns detalhes apurados nas últimas horas.
Negociações trabalhistas continuam abertas
O advogado Lucas Silva, que representa um grupo de jogadores com dívidas trabalhistas junto ao Patrocinense, adiantou que já recebeu uma contraproposta de parcelamento do débito por parte de representantes do clube, segundo informou ao jornalista Christiano Jilvan. Os valores, no entanto, foram mantidos em sigilo, mas o representante jurídico fez uma nova consulta aos jogadores que representa, e juntos elaboraram uma “réplica” de contraproposta à espera de um posicionamento final do CAP.
Por enquanto, as negociações seguem sem um consenso, o que mantém a situação indefinida. Com o Conselho Técnico do Módulo II marcado para o dia 28 de janeiro pela FMF, o tempo se
torna um fator crítico.
Entenda o caso
O Clube Atlético Patrocinense, rebaixado da elite do Campeonato Mineiro em 2024, enfrenta uma grave crise financeira e administrativa:
● Dívidas trabalhistas: Acumulam cerca de R$ 1,7 milhão, além de outras pendências que totalizam aproximadamente R$ 4 milhões.
● Multa e abandono: O clube foi multado em R$ 100 mil pela desistência do “Triangular da Morte” na última temporada.
● Escândalo na Série D: Foi citado em investigações de manipulação de resultados, envolvendo ex-jogadores e parceiros.
Apesar de incluído na lista de convocados para o arbitral do Módulo 2, o Patrocinense enfrenta bloqueios judiciais que impedem o registro de novos atletas e dificultam sua organização para a temporada.
O Paracatu, terceiro colocado na Segunda Divisão de 2024, monitora a situação. Se o CAP não conseguir garantir condições de disputa, o time da Cidade do Ouro pode pleitear a vaga, seguindo os critérios técnicos do regulamento. Outro que apareceu no páreo é o Tupynambás, de Juiz de Fora, mas com outros critérios ao alegar que a terceira colocação final da Segunda Divisão de 2024 deveria ser pela campanha geral, e não apenas pelo rendimento na semifinal.
Especulações sobre diretoria e comissão técnica
Nos últimos dias, notícias apontaram que o bancário Fúlvio Eduardo Barbosa estaria cotado para assumir a presidência do CAP, mas o clube ainda não oficializou nenhuma movimentação nesse sentido. Por outro lado, informações sobre a participação de Stéfano Caetano na montagem do elenco foram desmentidas. O próprio profissional confirmou que está atualmente focado na Taça São Paulo de Futebol Júnior com o Arachá Sports, ainda sem negociações com o Patrocinense.
Matéria feita em parceria com Chris Jilvan