Decisão polêmica da diretoria afeta futebol feminino após queda masculina
A diretoria do Athletico-PR gerou indignação ao anunciar a descontinuidade de sua equipe feminina, decisão que foi comunicada às atletas por meio de mensagens no WhatsApp. A medida ocorre logo após o rebaixamento do time masculino para a Série B do Campeonato Brasileiro, desencadeando uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Torcedores e defensores do esporte feminino classificaram a ação como um retrocesso e um reflexo do desequilíbrio de prioridades no futebol brasileiro.
Um ciclo repetitivo de descaso com o futebol feminino
A situação do Athletico-PR não é inédita no cenário nacional. Casos semelhantes já ocorreram, como no ano passado com o Ceará. Após uma campanha desastrosa no Campeonato Brasileiro masculino, o clube abriu mão de disputar a Série A2 do Brasileirão feminino. Sem um elenco para competir em 2024, a equipe feminina foi automaticamente rebaixada para a Série A3, de acordo com o regulamento. Esse padrão recorrente de priorizar exclusivamente o futebol masculino continua a enfraquecer a modalidade feminina.
Impacto na modalidade e reações
A dispensa das jogadoras do Athletico-PR foi vista como um reflexo de uma estrutura desigual e de decisões tomadas sem considerar o impacto no futebol feminino. Torcedores criticaram duramente a decisão, destacando que a modalidade, já fragilizada, enfrenta mais desafios devido à falta de planejamento e suporte por parte de clubes tradicionais.
Além disso, a maneira como as atletas foram informadas — através de mensagens — intensificou as críticas, sendo considerada desrespeitosa por muitos. A repercussão negativa deve pressionar os clubes e entidades a reverem suas estratégias e compromissos com o futebol feminino, especialmente em momentos de adversidade financeira ou esportiva.
Futuro do futebol feminino e a busca por mudanças
Enquanto as críticas à diretoria do Athletico-PR ganham força, especialistas e torcedores pedem maior proteção à modalidade feminina. Uma sugestão recorrente é que federações e confederações estipulem normas mais rígidas para garantir a continuidade dos projetos femininos, independentemente dos resultados do futebol masculino. A longo prazo, tais medidas podem ser essenciais para evitar que decisões abruptas continuem prejudicando o crescimento do esporte.