Faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, o Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica e um verdadeiro apaixonado por futebol. Jorge Mario Bergoglio, seu nome de batismo, era torcedor fanático do San Lorenzo, clube tradicional da Argentina, seu país natal.
O pontífice enfrentava complicações de uma pneumonia dupla e não resistiu. Sua morte causa comoção em diversas partes do mundo, não apenas no campo religioso, mas também no universo esportivo, onde deixou forte marca.
Paixão pelo futebol
Francisco via no futebol mais do que um simples jogo. Para ele, o esporte era ferramenta de união entre culturas, promoção da paz, da solidariedade e do respeito. Durante seu pontificado, recebeu inúmeros atletas e delegações no Vaticano, colecionou camisas de clubes e seleções, e nunca escondeu seu carinho pela bola.
A ligação com o San Lorenzo sempre foi motivo de orgulho. Recebeu o elenco campeão da Libertadores de 2014 — conquista que coincidiu com o início de seu papado — e mantinha relação próxima com o clube.
Visão sobre os craques
Em uma de suas declarações mais lembradas sobre futebol, ao ser questionado sobre Maradona e Messi, o Papa surpreendeu ao incluir Pelé como o maior de todos.
“Maradona foi um grande, como jogador, mas falhou como homem. Messi é corretíssimo. Um senhor. Mas o grande senhor é Pelé. De uma humanidade muito grande”, afirmou em entrevista.
Legado no esporte
Francisco também incentivou avanços dentro da própria Igreja relacionados ao esporte. Em 2019, apoiou a criação do primeiro time feminino do Vaticano, reforçando seu compromisso com a igualdade e a inclusão.


Seu legado é marcado pela fé, empatia e pelo entendimento de que o futebol pode ser um instrumento de transformação social. Ao longo dos anos, o Papa usou o esporte como linguagem universal para dialogar com jovens e transmitir valores cristãos.
O mundo se despede de um líder espiritual e, ao mesmo tempo, de um torcedor que entendeu como poucos o verdadeiro espírito do jogo.