Impasse ameaça visibilidade da Série D
A poucos dias do início do Campeonato Brasileiro da Série D, uma nova polêmica preocupa torcedores e dirigentes: a transmissão dos jogos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu proibir acordos independentes com emissoras, condicionando o apoio financeiro e logístico ao respeito dessa diretriz. Com isso, clubes que tentarem transmitir por conta própria correm o risco de perder R$ 458 mil, além de suporte com arbitragem, transporte, hospedagem e alimentação.
Sem um acordo fechado com emissoras para exibir a competição, clubes como Treze, Sousa e Santa Cruz haviam fechado parceria com o canal Goat para transmitir os jogos do Grupo 3. No entanto, após comunicado oficial da CBF, os contratos foram suspensos. O Treze, por exemplo, lamentou publicamente a decisão e destacou que agiu apenas para garantir visibilidade e receita em um campeonato com baixa cobertura midiática.
A CBF, em ofício assinado pelo diretor jurídico André Mattos, afirma estar negociando com empresas interessadas nos direitos da Série D. A entidade reforça que, por regra, os direitos de exibição são exclusivos e centralizados. Além disso, alega preocupação com eventuais ações judiciais caso contratos sejam firmados à revelia. Por isso, veta qualquer acordo externo e ameaça cortar os recursos financeiros de quem desobedecer.
Alternativas limitadas: YouTube e transmissões próprias
Apesar do veto, a CBF liberou a exibição em canais oficiais dos clubes. Isso levou alguns dirigentes a buscarem saídas caseiras. É o caso do Sousa, cujo presidente, Aldeone Abrantes, já confirmou que usará a TV Dino para transmitir os jogos como mandante, repetindo o modelo de 2024. Ainda assim, sem um canal unificado ou cobertura ampla, o campeonato corre o risco de ter visibilidade bastante reduzida.